Era uma vez uma árvore que, lendo crescido a beira do rio, se sentia mutilo infeliz. Olhava para si própria e chorava a sua triste sorte. Dizia para consigo:
— Levo uma vida sem sentido. Sempre parada e sem fazer nada, junto ao rio.
Um belo dia, um passarinho poisou num dos seus ramos e cantou-lhe aos ouvidos uma linda canção. A árvore, que estava a dormitar, abriu os olhos e viu muitas outras aves alegres a esvoaçarem de ramo em ramo. Começou a sentir-se melhor.
Viu também que muitos viajantes, cansados, se sentavam à sua sombra para recuperarem forças na sua caminhada. E verificou ainda, com os seus olhos, que no seu tronco se apoiavam diversos arbustos mais frágeis que cresciam ao seu lado.
Descobriu que era útil aos passarinhos que nela poisavam, aos caminhantes que se sentavam à sua sombra e aos arbustos que nela se apoiavam.
Foi precisamente nesse dia em que descobriu que era útil aos outros e fazia os outros felizes, que essa árvore passou a ser também feliz. Já tinha razões para viver.
O ser útil aos outros é uma necessidade básica da pessoa humana. Quem julga que para nada serve, esse perde toda a razão para viver. É belo ver as pessoas a porem todas as suas qualidades ao serviço dos outros, fazendo-o com alegria.
Criado por Narrador